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Cinema

Central do Brasil

Cinética Filmes - Local: São Paulo

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É uma das mais famosas estações de trens do Brasil. Até o ano de 1998 se chamava Estação Dom Pedro II, denominação pela qual ainda é também conhecida. O primeiro prédio foi construído em 1858 para inaugurar a linha da Estrada de Ferro Central do Brasil, a “Estação do Campo”. Com o tempo teve seu nome alterado para estação da Corte e, mais tarde, Dom Pedro II. A estação hoje se chama Central do Brasil devido à antiga ferrovia extinta em 1971 por decisão da RFFSA. Este já era o nome informal da estação, e passou a oficial depois do filme a que deu nome, com cenas rodadas na estação, pelo qual Fernanda Montenegro concorreu ao Óscar de melhor atriz, em 1998. O prédio construído em 1858 foi reformado anos mais tarde e finalmente demolido nos anos 30, para dar lugar ao atual, em razão das obras de eletrificação e expansão do sistema.

O novo edifício-prédio sede da Estrada de Ferro Central do Brasil, inaugurado em 1937, originalmente previa apenas uma ampliação e mais quatro andares; foi o arquiteto húngaro-brasileiro Geza Heller o principal inspirador que incluiu 32 andares e quatro relógios distribuídos na fachada. Por muitos anos, até o início da década de 1990, várias composições que partiam da estação, ligavam o Centro do Rio de Janeiro aos estados de Minas Gerais e São Paulo. Houveram épocas em que outras composições, que faziam serviços intermunicipais de média distância, partiam da estação rumo ao município fluminense de Mangaratiba, situado na região litorânea da Costa Verde brasileira. Dela hoje saem composições de diversas linhas, ligando o Centro aos demais bairros da Zona Norte e Oeste do Rio de Janeiro, e também aos municípios da Baixada Fluminense, inclusive a Linha Saracuruna, do qual originalmente saíam da garagem de Barão de Mauá, por pertencerem à antiga Estrada de Ferro Leopoldina. Há vários anos existia um ramal para a Estação Marítima, que foi desativado na década de 1980. O trecho por onde as composições passavam no Túnel da Marítima hoje é parte da Linha 2 do VLT do Rio de Janeiro.

O edifício foi reconstruído para impressionar. A principal intenção de Vargas, que era mostrar uma capital federal moderna, questão de autoafirmação nacional, uma forte característica do nacionalista estado novo de Getúlio.

O famoso relógio da Central do Brasil (que é de 1943) é maior que Big Ben, de Londres, na Inglaterra. O exemplar inglês mede sete metros, enquanto o brasileiro tem 10 de altura em cada face. Com 135 metros de altura, o prédio já foi a estrutura de concreto armado mais alta do mundo. Atualmente, devido a problemas de segurança e de descaso do poder público, a Central do Brasil não é o que pode se chamar de um local inspirador. Entretanto, a história desse trecho da cidade do Rio de Janeiro é repleta de importância e uma agradável nostalgia.

Em 1997, a estação foi cenário do filme Central do Brasil. A obra foi indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro, em 1998. O curioso é que o nome “Central do Brasil” passou a ser usado definitivamente após a película ser lançada. Anteriormente era comum ver as pessoas ainda se referindo a estação como “D. Pedro II”. Dentro deste universo, o documentário abordará toda a história desta central, fazendo um paralelo com histórias de pessoas reais que passam e se cruzam todo dia nesta grande centralização humana e social.

O filme contará com outras histórias que, como a de Socorro no filme Central do Brasil, fazem parte de acontecimentos da vida real desta estação, onde inúmeras histórias de brasileiros se encontram. Muitas pessoas narrarão seus depoimentos recheados de emoção, sofrimento, redenção.

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