O novo edifício-prédio sede da Estrada de Ferro Central do Brasil, inaugurado em 1937, originalmente previa apenas uma ampliação e mais quatro andares; foi o arquiteto húngaro-brasileiro Geza Heller o principal inspirador que incluiu 32 andares e quatro relógios distribuídos na fachada. Por muitos anos, até o início da década de 1990, várias composições que partiam da estação, ligavam o Centro do Rio de Janeiro aos estados de Minas Gerais e São Paulo. Houveram épocas em que outras composições, que faziam serviços intermunicipais de média distância, partiam da estação rumo ao município fluminense de Mangaratiba, situado na região litorânea da Costa Verde brasileira. Dela hoje saem composições de diversas linhas, ligando o Centro aos demais bairros da Zona Norte e Oeste do Rio de Janeiro, e também aos municípios da Baixada Fluminense, inclusive a Linha Saracuruna, do qual originalmente saíam da garagem de Barão de Mauá, por pertencerem à antiga Estrada de Ferro Leopoldina. Há vários anos existia um ramal para a Estação Marítima, que foi desativado na década de 1980. O trecho por onde as composições passavam no Túnel da Marítima hoje é parte da Linha 2 do VLT do Rio de Janeiro.
Em 1997, a estação foi cenário do filme Central do Brasil. A obra foi indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro, em 1998. O curioso é que o nome “Central do Brasil” passou a ser usado definitivamente após a película ser lançada. Anteriormente era comum ver as pessoas ainda se referindo a estação como “D. Pedro II”. Dentro deste universo, o documentário abordará toda a história desta central, fazendo um paralelo com histórias de pessoas reais que passam e se cruzam todo dia nesta grande centralização humana e social.
O filme contará com outras histórias que, como a de Socorro no filme Central do Brasil, fazem parte de acontecimentos da vida real desta estação, onde inúmeras histórias de brasileiros se encontram. Muitas pessoas narrarão seus depoimentos recheados de emoção, sofrimento, redenção.